segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ideias e sugestões

Deixe aqui as suas ideias e sugestões.

1 comentários:

Pedro Augusto disse...

Na minha sincera opinião a Boavista caminha para algo indefinido, especialmente em duas vertentes: habitação e saúde.
Em relação à primeira, (agora talvez um pouco menos porque as condições financeiras para a construção e venda não são as melhores), assiste-se a crescimento desmesurado na construção de habitações, que vão ficando abandonadas até serem vendidas. Aqui o problema é que parece que a política do crescimento da Boavista assenta mais na ideia de trazer pessoas de fora para aqui viverem, em detrimento da criação de condições para que as pessoas de dentro possam ficar. O desfecho disto é, a médio prazo, a Boavista começar a ficar descaracterizada, não só em termos de paisagem, mas porque as pessoas não partilham um passado comum, ou qualquer tipo de memória. Dada a nossa proximidade a Leiria, a Boavista corre o risco de se tornar numa espécie de dormitório de Leiria; não será muito estranho se toda a réstia de tradições que ainda possuímos desapareça em poucos anos.
Em relação à saúde, a Boavista precisa de um controlo muito eficaz no seu posto de saúde. Necessita-se a criação de condições para que o posto funcione na sua máxima potencialidade: falo, talvez, na colocação de um segundo médico, na criação de uma empresa (ou facilitar as condições para a criação de uma empresa), que auxilie os idosos em casa (desde fazer limpeza, preparar refeições, tratar da higiene)...
Não me parece que devamos ser motivados por uma espécie de inveja por aquilo que os outros já têm. Por exemplo, parece-me descabida a criação de uma piscina na freguesia se há uma piscina tão grande e boa em Leiria: e se se criasse uma espécie de protocolo com a piscina de Leiria para, num determinado dia, a uma determinada hora, haver um transporte das pessoas interessadas para a piscina de Leiria?
Há também o aspecto da cultura que merece um reparo: acho que o nosso património material (como fontes e edifícios históricos) devem ser mantidos. Tais locais devem ser reocupados, usados, aproveitados, sem, no entanto, descaracterizá-los. Não me parece uma boa ideia torná-los numa espécie de pequenos jardins sem uso(como aconteceu com a fonte da horta, por exemplo). Se não ocupamos as coisas que já são velhas, pelo menos que as mantenhamos, nem que seja por memória às pessoas que já cá estiveram antes. Há uma coisa da Fonte a Horta que se calhar ninguém se apercebeu. Em 1938 quando a fonte foi reconstruída, com a massa das escadas ainda fresca, alguém que ia buscar água, deixou a marca dos pés nos degraus. Como se decidiu cobrir a fonte com cimento e tinta plástica todos esses vestígios ficaram enterrados...

Enviar um comentário